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sexta-feira, 1 de abril de 2011

Wherles Rocha diz que novas invasões ocorrerão se governo não tomar iniciativa


 

A desocupação de famílias de casas construídas pelo governo do Estado em uma área no Conjunto Ilson Ribeiro II vem gerando polêmica na Assembleia Legislativa. Nesta quinta, 31, o deputado Wherles Rocha (PSDB) foi à tribuna da Casa para criticar a ação que para ele foi um retrato do descaso do Executivo com a população mais necessitada do Estado do Acre. Na última quarta-feira, 30, homens da Polícia Militar foram instruídos a fazer cumprir uma ordem de despejo para as famílias que ocuparam casas que faziam parte de um dos conjuntos habitacionais que estão sendo construídos pelo governo do Estado.

A ação gerou polêmica porque as famílias justificavam a
ação alegando não ter onde morar e o Executivo estaria demorando a fazer a entrega das casas mesmo com elas concluídas.

Segundo Rocha, a situação representa uma agressão aos direitos humanos e ao povo acriano. Ele ressaltou que as famílias que ocuparam as casas não o fizeram para tentar lucrar algo e ainda alertou. “O que motivou essa invasão foi a necessidade e outras invasões vão acontecer porque quem ganha Bolsa Família não tem dinheiro para pagar aluguel”.

O parlamentar também fez críticas à atuação do secretário estadual de Cidadania e Direitos Humanos, Henrique Corinto, no processo de desocupação e levantou dúvidas sobre a capacidade dele de gerenciar o órgão. “Os Direitos Humanos no Acre são para referendar o que o governo faz e qual o respaldo do secretário Henrique Corinto para representar os direitos humanos, se um tempo desse ele respondia processo na 2ª Vara Criminal por ter agredido a uma mulher? Esse é o secretário de Direitos Humanos que temos”.

Quanto aos relatos de truculência por parte dos policiais durante a desocupação, Rocha explicou que não é do feitio da Corporação Militar do Acre esse tipo de ação e que na verdade os policiais não gostariam de ter participado do ato.  “Policial nenhum no mundo quando vê uma criança sendo colocada no meio da rua, uma mãe com dois filhos sendo colocada para fora de casa fica feliz. Eu sou policial e prefiro estar num tiroteio do que estar expulsando um pobre que não tem teto para morar, mas temos de cumprir ordens. O verdadeiro culpado pela ação de ontem é o governo que em 12 anos ainda não cumpriu a  promessa de entregar todas as casas populares que nosso povo precisa”.

Texto: Yuri Marcel
Foto: Odair Leal
Agência Aleac

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