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quinta-feira, 7 de abril de 2011

Em dia de passeatas contra violência, 59 corpos são encontrados no México

Luta contra o tráfico de drogas vem provocando grande derramento de sangue no país


Autoridades mexicanas anunciaram ter encontrado 59 corpos em oito valas comuns diferentes no Estado de Tamaulipas, na fronteira com os Estados Unidos.
O governo diz estar investigando se os restos mortais pertencem a passageiros de um ônibus que foi sequestrado por supostos traficantes de drogas, que também exploram pessoas que pretendem entrar ilegalmente nos EUA, duas semanas atrás.
A descoberta dos corpos coincidiu com grandes protestos contra a violência realizados em mais de 20 cidades do país.
Na Cidade do México, milhares de manifestantes gritavam "chega de sangue" e alguns chegaram a pedir a renúncia do presidente Felipe Calderón, alegando que sua estratégia na luta contra o tráfico de drogas havia exacerbado o derramamento de sangue.
Cerca de 35 mil mexicanos morreram por causa da violência relacionada ao tráfico desde que Calderón começou a usar o Exército para lutar contra os cartéis, em dezembro de 2006.
Cidadãos mexicanos que vivem no exterior também realizaram protestos menores em
Nova York, Buenos Aires, Paris, Madri e outras cidades ao redor do mundo.

País rasgado

Os protestos no México foram convocados pelo poeta e jornalista Javier Sicilia, cujo filho foi assassinado na semana passada.
Juan Francisco, de 24 anos, foi encontrado morto dentro de um carro junto com outras seis pessoas na cidade de Cuernavaca, a 80 km da capital.
Sicilia culpou políticos mexicanos assim como os traficantes pela violência, dizendo que eles "rasgaram as bases da nação".
Em uma carta aberta publicada na revista Proceso, Sicilia diz que a guerra de Calderón contra o tráfico foi "mal planejada, mal realizada e mal liderada".
- Os cidadãos perderam a confiança em seus governantes, sua polícia, seu Exército, e estão amendrontados e sofrendo.
Sicilia chamou os criminosos de "sub-humanos, demoníacos e imbecis".
- Estamos cheios de sua violência, sua perda de honra, sua crueldade e falta de sentido.

Antes das manifestações, o jornalista se encontrou com o presidente Calderón na Cidade do México. Ele disse que o presidente ofereceu suas condolências e informou-o dos esforços para encontrar os assassinos de seu filho.

Valas comuns

O governo mexicano diz estar conseguindo resultados contra os cartéis de drogas e afirma ter prendido ou matado muitos dos principais líderes dos criminosos.
Segundo as autoridades, grande parte do derramamento de sangue é resultado das brigas entre gangues rivais.

Esta visão foi repetida pela chefe da Agência Anti-Drogas dos Estados Unidos, Michele Leonhart, durante uma conferência na cidade mexicana de Cancún, na quarta-feira.
- Pode parecer contraditório, mas o deplorável nível de violência é um sinal de sucesso na luta contra as drogas.
Segundo ela, os cartéis "estão como animais enjaulados, atacando uns aos outros".

Fonte R7

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