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quinta-feira, 24 de março de 2011

O fim do “espírito de aquartelamento” na PMERJ?



Polícias não são exércitos, não precisam de trincheiras ou fortalezas – salvo edificações bem guarnecidas e controladas para proteção do armamento. Unidades policiais precisam ser bem estruturadas, confortáveis, com espaço útil e modernizado – não “elefantes brancos” carentes de reforma, que vivem sendo retocados provisoriamente pelo Estado pela alegada falta de recursos.
Diferente dos quartéis das forças armadas, que num possível enfrentamento bélico se tornarão pontos de garantia e resistência da soberania da Nação, as unidades policiais devem ter tão somente instalações funcionais. Além do mais, manter estruturas onerosas, além dos custos financeiros, existem os custos de pessoal exigido para a realização de serviços gerais. A princípio, sob esta perspectiva, tem sentido a medida anunciada pelo Secretário de Segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame:

RIO – O secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, vai propor, nesta quarta-feira, à Secretaria de Estado da Casa Civil a redução da área dos batalhões do Rio. O secretário quer, com isso, que essas unidades percam o espírito de aquartelamento e que os policiais saiam mais às ruas. Segundo Beltrame, parte das áreas poderia até ser vendida para a iniciativa privada. As novas instalações seriam prédios semelhantes aos de Los Angeles e Nova York.
Beltrame afirmou que há espaços ociosos no batalhão. Para ele, eles deveriam funcionar em prédios com estruturas de empresas. O secretário disse ainda que a maioria dos batalhões deve ficar na área em que estão, só que em terrenos menores.
- Quero mudar a arquitetura desses prédios. Mas é claro que alguns batalhões podem ir para outras áreas – disse o secretário.
Em matéria publicada nesta quarta-feira, no jornal “Valor Econômico”, o secretário afirmou que batalhões com piscinas e áreas de futebol não são mais necessários. O primeiro a receber intervenção, de acordo com a reportagem, é o 6º Batalhão, na Tijuca, na Zona Norte. Beltrame também apontou outra batalhão que deve ter reduzida a sua área em breve: o da Praça Tiradentes. Segundo ele, devido ao péssimo estado do edifício, a reforma terial custo mais alto do que construir um novo.
O secretário inaugurou, nesta quarta, na Academia de Polícia Civil, uma sala de treinamentos que, através de vídeos, simula ações em que os policiais usam armas letais e não letais.
Leia mais n’O Globo…
Mas cabem ponderações à medida que deve ser adotada na PMERJ, como frisou o Major Luiz Alexandre, em seu twitter:


A Polícia Militar da Bahia já extinguiu muitos batalhões, criando em seus lugares copanhias independentes, estruturas reduzidas, mas em algumas delas, não obstante os custos menores de manutenção, as instalações não são as ideais.
Esperemos os resultados para ver como o plano do Secretário Beltrame será executado…

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